“UM POUCO DE NATURAL” – Poema de Beto Villela de 1993

“Luz que brilha,

Vindo da lua,

Rasga a noite como uma navalha,

Cortando a escuridão sombria,

Iluminando toda uma cidade.

Luz que brilha,

Reflete ao mar,

Vinda do céu através de um espelho solar.

Antes natural,

Agora artificial,

Até onde chegaremos ?

O romantismo nas praias ao ver a lua,

Ao beijar a amada,

Cantando músicas amorosas,

Olhando para o sol artificial.

O desenvolvimento científico,

As novas invenções,

As descobertas da humanidade,

Surpreende a própria ciência.

Luz que brilha no céu,

Um ponto cintilante,

Um cristal lapidado girando no espaço,

Passará a ocupar o espaço romântico nas poesias,

Mudará o retrato dos casais enamorados,

Que suspirarão e murmurarão a luz artificial e,

Ao invés das canções amorosas,

Surgirão no cantar formulas físicas e,

Cálculos matemáticos.

No lugar das flores,

Virão as equações,

Tornando os amantes,

Razões proporcionais,

Não falo com fobia a tecnologia,

Mas com amor ao pequeno rastro de luz natural que existe no luar,

Que representa toda sabedoria e perfeição do universo,

Criado na iniciação e que dura até hoje,

Assim como toda a criação,

Que fica para eternidade.” – ano de 1993.

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